terça-feira, 18 de setembro de 2012

Dois Baldes de Miúdos

Houve uma época em que eu me sentia um lixo – como dizem os humanos. Foi bem no começo da adolescência. Estava com a cara cheia de espinhas e magro feito um bambu. Os ogros já sofrem preconceito por causa da pele verde e da errônea crendice popular de que somos brutos e burros. Em nosso meio, não é diferente; um ogro magro, inteligente e com acne, feito eu, é motivo de chacota e de bullying de extrema crueldade.

Nenhuma ogra olhava para mim, mas como eu sempre fora um cara legal, pelo menos uma amiga eu tivera na escola. Cheguei a ficar amarelo de tanto bater punheta pensando em Kruska, mas a desgraçada nunca cedeu às minhas cantadas, ao contrário disso, lamentava-se sobre as suas decepções amorosas no ombro amigo que eu sempre a oferecia.
Perdi a amizade de Kruska quando tomávamos um refrescante banho no pântano próximo à sua cabana. Não resisti àquele biquíni sensual que ela usava, marcando as dobrinhas carnudas da barriga que se derramava feito gelatina de limão cobrindo-lhe a virilha e escondendo a “pata de camelo” que eu tanto desejava ver. Aquilo mexia com a minha imaginação e num misto de excitação e falta de bom-senso – o que é comum em ogros –, eu acabei perguntando a ela se algum dia, me permitiria mamar naqueles peitos grandes de pele verde-clara e cheirosa.
Kruska não entendeu, de imediato, o que eu quis dizer com aquilo. Quando eu expliquei melhor, passando a mão em suas melancias, ela ficou emputecida. Deu-me um tapa na cara com a sua mão delicadamente pesada e saiu pisando duro, tão duro quanto a minha jerilomba estava.
Antes mesmo que Kruska saísse, eu já havia tirado a minha bitola para fora e a manuseava com tesão. Estava tão excitado com a ardência daquele tapa e com o balançar da bunda enorme da ogra gostosa se afastando, que gozei rapidamente. Ela deve ter ouvido o meu urro de prazer, pois fiz questão de gemer alto na esperança de que ela se excitasse e quisesse dar para mim depois. Mas a linda ogra nunca mais falou comigo.
Os anos passaram, eu já não tenho mais espinhas e tornei-me forte por causa de um tratamento que fiz. Ainda assim, apesar da minha beleza máscula, nunca me casei. Ainda existe o preconceito com a minha inteligência.
Certa noite, cheguei à casa de Fedora Meretriz, como sempre faço para tirar o grosso, e adivinhem só quem estava trabalhando lá? Eu não sei o que acontecera a Kruska, mas acabou tornando-se uma ogra da vida. De que adiantou tanto cu doce na puberdade?
Ela veio cheia de sorrisos ao me reconhecer e eu não pude deixar de alegrar-me com a situação. Paguei antecipadamente pelos seus serviços com dois baldes cheios de miúdos humanos. Fedora pegou a sua parte e Kruska se empanturrou rapidamente com o resto. Em menos de quinze minutos, já estávamos às margens do pântano. O meu sonho de adolescente se realizou quando eu pude finalmente ver – e comer – a chavasca da ogra a quem “homenageei” por tanto tempo.

3 comentários:

  1. Pata de camelo, Johnny? Você está se superando! haha

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  2. ou melhor... assim você me supera! kkkk

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  3. Então, meu delicioso Sir Finctus... Eu ia colocar capô de fusca, mas Ogros não têm fusca, foi só uma adaptação.

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