quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Nem tudo é o que parece...

Tomei a liberdade de narrar alguns acontecimentos que presenciei quando estava na faculdade, quando eu conheci aquela alcateia de lobisomens. Grande parte é de minha fantasia, Eric nunca me passou maiores detalhes mesmo sabendo como eu sou tarada por eles. Já que ele não me revelou, o que me restou foi fantasiar.

Então, baseado no que ele me contou, tudo ficou mais ou menos assim...
 
(Versão Gossamer)


Eric não era bem o que a imaginação a respeito de lobisomens dizia. Ele era alto e tinha pernas e braços fortes, não por fazer exercício, como ele me revelou certa vez, mas porque gostava de correr quando estava na pele de lobo. Embora não precisasse, ele usava óculos de descanso o tempo todo, era aficionado por livros e sempre estava com um debaixo do braço. Seu cabelo era uma lástima total de tão encaracolado e ele nunca se preocupava em arrumá-lo, só deixava os cachos fora de sua vista e o largava sem pentear. Assim como tinha descaso por sua aparência, isso incluía sua péssima escolha de roupa, porque segundo ele, não queria chamar a atenção (e quem não olharia pra um rapaz alto e bonito como ele? Seus argumentos nunca me convenceram, mas não convém questionar isso agora). Ao final, ele era a combinação atraente de algo misterioso e sexy com um nerd que só sabia falar de livros e distopia.

Por razões de lobisomem – assim vou chamar –, Eric frequentava o banheiro da quadra de esportes, que ficava afastado dos prédios. Havia mais dois lobisomens na faculdade e outros shifters, como Eric me explicou depois, mas nenhum deles frequentava aquele banheiro. Apenas Eric e Marcos, como eu vim a descobrir depois.

Marcos era um veterano, que ao contrario de Eric, gostava de exercícios físicos e de jogar futebol, era do tipo corpulento, arrogante e briguento. Ficava longe dos livros o tempo que conseguisse e só lias as obrigações da faculdade. Não era conhecido por sua inteligência, mas ele era esperto e agressivo. Sua presença era marcante e ele era muito conhecido na faculdade porque muitas pessoas queriam ter sua atenção, principalmente as mulheres. A fama de que ele era bom de sexo espalhou-se rapidamente e sempre chegava aos ouvidos das bixetes. Era um séquito de meninas que nunca acabava.

Pelo o que meu amigo me contou, tudo começou por causa desse banheiro afastado. Assim como Eric gostava de usá-lo, Marcos também – porque ele considerava limpo e não gostava de ver outros caras olhando pro pau dele. Ao menos, foi o que eu escutei dele, das muitas coisas sem sentido que ele me falou.

De qualquer forma, Eric estava naquela tarde na faculdade, no seu lugar preferido: a biblioteca. Marcos estava na faculdade porque tinha uma reunião com seu orientador para seu trabalho de conclusão de curso.

Em pé, Eric estava com os olhos fechados, usando o mictório. A porta abriu e uma lufada de vento quente entrou juntamente com Marcos. Por sua natureza sobrenatural, Eric sabia que Marcos estava vindo, pois escutava seus passos e sentia seu cheiro. Ele escondeu um sorriso quando o outro aluno parou do seu lado e abriu a calça para urinar também. Não precisava olhar para saber que Marcos o estava olhando, devia pensar que podia espiar já que ele estava com os olhos fechados.

— Você é bicha?

A pergunta de Eric soou como um murmúrio, ele abriu os olhos e virou a cabeça para olhar o veterano. Eric tinha olhos cor de avelã, tão brilhantes e poderosos, que quando fixos em alguém, sempre deixava o alvo constrangido. E foi o que aconteceu com Marcos, quando ele se viu refletido nos olhos grandes do outro.

— Quê? – A voz de Marcos sempre soava poderosa, era grossa e ele sempre falava alto. Agora, tinha saído tão fraca que ele mal se reconhecia. Estava perplexo com a pergunta direta que lhe fora feita.

— Você sabe... Bicha. – Eric voltou a falar, fechando a calça, o movimento atraiu a atenção de Marcos e ele desviou o olhar depois, corado. — Você está atrás de mim há duas semanas. Seguindo-me até a minha casa, quando vou ao bar, pergunta se vou a alguma festa...

— Não sei do que está falando. Como se eu pudesse ser bicha...

Ele se arrumou rápido, extremamente ofendido. Eric observou seus movimentos, pareciam lentos, humanos pareciam lentos mesmo quando estavam rápidos. Quando o rapaz foi passar por ele, para sair do banheiro, Eric segurou seu braço e o fez parar do seu lado. Marcos arregalou os olhos, entre surpreso e excitado. Eric podia farejar o ar em torno dele, ouvir o coração batendo apressado e todos os sinais que indicavam que Marcos era um homem bom para acasalar.

Gostaria de ter visto esse momento, me pareceu único quando Eric me contou. Imaginar alguém como Marcos acuado requeria um bocado de imaginação, embora eu soubesse como Eric poderia ser assustador quando queria. Na maior parte do tempo, ele era um cara de boa, bem na sua, talvez até mesmo tímido.

—Quer chupar? – Perguntou, olhando diretamente nos olhos verdes de Marcos.

Não houve resposta, mas o veterano também não quis se desvencilhar da mão que estava fechada em seu braço. Com a outra mão livre, Eric abriu novamente a calça e tirou o pau pra fora. Marcos abaixou os olhos para olhar, seus olhos brilhando de expectativa.

— Eu sabia que você era uma bicha – Eric murmurou — Agora chupa.

A mão de Eric soltou o braço de Marcos e os olhos cor de avelã acompanharam seriamente enquanto o veterano ajoelhou na frente dele, ergueu os olhos e segurou o pau duro com força. Sua língua saiu um pouco da boca, para encostar na cabeça em forma de cogumelo. Enfiou na boca depois, bem timidamente, porque era a primeira vez que ele fazia isso. Ele estava chupando com força, os olhos fechados, segurando as bolas, massageando sem jeito.

A língua deslizava por todo o comprimento, beijava a base, voltava e fazia do outro lado, para depois enfiar tudo na boca e permanecer assim. Marcos suspirava, talvez realizado, talvez inebriado com o cheiro de Eric.

O lobo deveria relaxar e deixar que o veterano fizesse o que estava louco para fazer, mas Eric nunca se comportava de maneira adequada. Sua mão foi pros cabelos curtos de Marcos e ele segurou a cabeça do outro, movendo seu quadril com força contra a boca dele. Ele pensava que era gostoso, que estava indo tão fundo e ignorou os olhos vermelhos de Marcos, quase sufocado com um pau daquele tamanho na boca. E duvido que mesmo que ele tivesse visto, ele ia se importar, me disse depois que adorava foder com a boca dos outros, e era o que fazia agora.

Quando gozou, Marcos achou que ia vomitar com o jato na sua garganta. Eric liberou sua cabeça e tirou o pau de dentro da sua boca, com um sorriso perverso. Ainda ajoelhado, Marcos tossia, engasgado.

— Você vai ter que melhorar isso... – Eric murmurou, se arrumando. Marcos parou de tossir e ergueu a cabeça para olhá-lo. — Acho que você tem potencial.

Marcos passou a mão na boca e olhou pro outro lado. Eric voltou a segurar sua cabeça e fez com que ele o olhasse.

— Volte aqui amanhã, no mesmo horário. Vamos aperfeiçoar sua técnica.

Segundo o final do relato, Marcos concordou e saiu sem falar mais nada. Achei estranho, um homem desbocado como ele, certamente xingaria Eric. O que eu via, antes de Eric me contar sobre isso, era que toda vez que eles se encontravam no corredor, Marcos abaixava a cabeça, ficava corado e esperava Eric estar longe para retornar ao tipo machão falante que agradava a todos.

Essa é somente uma parte da historia de como Marcos tornou-se mulherzinha de Eric. Existe muito mais sobre isso.

2 comentários:

  1. Já perdi as contas de quantos caras chuparam meu pau, boca é tudo igual, mas prefiro mesmo as mulheres.

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  2. Fica quieto, Johnnyslau, que tu adora chupar o meu bilau! hahaha

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