segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sandrinha Gulosa

Depois do apocalipse zumbi que transformou quase toda a população em mortos-vivos, achei, por bem, recolher alguns amigos sobreviventes no meu apartamento no penúltimo andar de um prédio de doze andares. A bem da verdade, eu não tive muita escolha. Nós estávamos reunidos no meu apê, bebendo e jogando conversa fora quando soubemos pela TV da grande desgraça, que a princípio, nos pareceu uma bela de uma piada.

No final daquela tarde de julho, eu acompanhei os quatro camaradas até a portaria e por incrível que pareça, fomos atacados por uma mulher esquisita, que andava toda torta pelo condomínio e, sem mais nem menos, se atracou com Luís querendo abocanhá-lo.
Nós ficamos rindo até nos lembrarmos do noticiário. Então, desgrudamos a zumbi magrela de Luis, que por sorte, não havia sido ferido. Eu e Nilson a seguramos pelos cabelos minutos antes do Carlos desferir um soco tão bem dado em sua cara, que a face afundou. Então percebemos que um monte deles vinha da esquerda. Corremos feito loucos até voltarmos ao meu apartamento, onde ficamos por mais de um mês.
Sandrinha, a minha esposa, quis saber o que havia acontecido e riu desenfreadamente com o que eu disse a ela. Ela custou a acreditar. Levou dias para se conscientizar de que realmente havia algo muito errado com aquelas pessoas que circundavam o prédio logo abaixo.
Pois bem, ficamos convivendo aqui, consumindo o que havia na despensa e rezando para que um milagre acontecesse.
Duas semanas depois do ocorrido, tive uma briga com a minha esposa. Sentia certo ciúme de como ela tratava os meus amigos. Ficava desfilando com um shortinho tão curto que me aborreceu.
– O mundo tá pra acabar – ela disse. – Você acha que vou ficar me preocupando com roupa, a essa altura do campeonato?
– Mas você é a única mulher no meio de cinco caras, Sandrinha! Não quero que eles te comam com os olhos como vêm fazendo!
– Nós vamos morrer, Elton, e eu gostaria que eles me comessem de verdade, não somente com os olhos.
– o quê? Como assim?
– Será que poderia me deixar realizar uma fantasia sexual antes de virarmos comida de zumbi?
– O que tá dizendo? Você QUER dar pra ELES?
– Sim. Pra todos de uma vez. Eu sempre tive vontade de fazer isso e acho que a situação é propícia.
– De jeito nenhum, mulher! Tá maluca?
– Argh, Elton! Eu tenho vontade de te jogar dessa janela! – ela gritou aborrecida. – Fique sabendo que a mão que aperta a sua, é a mesma que passa na minha buceta há dias!
Levei a mão ao queixo por alguns instantes. Ela me olhou visivelmente assustada com o que havia dito, mas acabou confessando que enquanto eu dormia, ela dava para o Reinaldo.
Fiquei puto. Para não arrebentar a cara dela, fui quebrando as coisas de casa até chegar à sala e atracar-me com Reinaldo. Trocamos alguns socos e xingamentos antes dos outros nos apartarem e passei a vigiar Sandrinha com toda a atenção possível.
Ela estava chateada com a minha relutância. Os zumbis já se espalhavam pelas escadarias do prédio quando decidi ceder ao seu desejo. Cedo ou tarde, íamos morrer e a palavra “corno” já não tinha importância.
– Tire a roupa – eu mandei. Ela me olhou com cara de desdém, sem um pingo de vontade de transar comigo. – Anda! Vou chamar os caras – eu falei.
O olhar de Sandrinha se iluminou. Ela abriu um sorriso e foi se livrando das vestimentas enquanto eu reunia os meus amigos.
– Tem certeza? – Carlos perguntou.
– É gente. Vamos lá. Não quero que a Sandrinha morra chateada por causa do meu egoísmo e se ela tá afim de uma suruba, vamos fazê-la feliz. O que acham?
– Tá legal, Elton. Afinal, amigo é pra essas coisas.
Todos concordaram e fomos até o quarto. A mulher já tava arreganhada na cama e eu caí de boca na buceta que meus amigos iam comer.
Reinaldo foi enfiando o pau na boca de Sandrinha, Nilson meteu a boca num peito, Luis no outro e a mulher gemia doida, esfregando a xana na minha cara, que logo foi afastada para que Carlos a metesse a rola.
Eles iam revezando entre boca, peitos, e buceta enquanto eu ficava olhando de pau duro sem ter lugar pra mim naquela suruba desenfreada que eu jamais cogitei um dia acontecer. Fiquei lá, na mão, enquanto a minha esposa gozava feito uma vadia ensandecida.
Ela curtiu a surubada durante alguns dias, mas depois se cansou. Já tava toda estrupiada de tanto meter, mas era tarde demais. Os caras queriam comê-la toda hora e Sandrinha se desesperou. Estava toda inchada e não sentia mais prazer com tanta rola e boca se afundando nela. 
Tentando escapar da pegação, acabou abrindo a porta do apartamento entregando todos nós à morte.
Não foram mortes suaves, podem acreditar. Pelo menos eu fiz o que ela queria e sinto muito que tenha acabado dessa forma.
Mas, bem, agora que já dei o meu relato póstumo, vou liberar o corpo do zumbi que psicografou essas palavras.
Até a próxima, punheteiros e siririqueiras!

3 comentários:

  1. hahahah o Johnny tá ficando cada vez mais tarado!

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  2. Eu ri.
    Mas a Sandrinha tem razão, já que vamos morrer, que seja depois de uma bela suruba.

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  3. Nossa! fiquei com a Angelina babando Uma suruba enquanto se espera a morte é muito excitante.

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