Pois então, tá aí, pras menininhas românticas...
Esta não é a história
de uma bruxa, no sentido literal da palavra. Ela é apenas Morgana, uma jovem
que adotara tal pseudônimo por causa da paixão pelos livros Brumas de Avalon.
É bem verdade que
Morgana tem algumas premonições estranhas, às vezes. Ela enxerga a aura das
pessoas, sabe se elas são boas ou más já no primeiro contato, tem uma
sensibilidade muito grande ao que se refere às energias e domina a técnica de
projeção astral, aquela em que a consciência se desprende do corpo físico
durante o sono e desbrava um universo livre de medos e limites.
Foi numa dessas viagens
fora do corpo, que Morgana conheceu o corpo astral de Erick, um homem muito
atraente, com olhos castanhos penetrantes e um conhecimento admirável sobre
tudo o que Morgana gostava.
Todas as noites, eles
se encontravam no jardim dos sonhos e tinham longas conversas. Com tanta coisa
em comum, não tardou para que se apaixonassem.
Impossibilitados de se
tocarem naquele campo espiritual, Morgana sugeriu que Erick fosse até ela no
plano físico. Ele sorriu por um momento, e depois se lamentou, entristecido, pois
tal encontro não poderia ocorrer da forma como ele gostaria.
Morgana imaginara
milhões de coisas, mas não perguntara nada. Talvez ele morasse muito longe, ou
já fosse comprometido, o fato é que ela percebeu seu sofrimento, fosse por qual
motivo fosse.
Tudo o que tinham,
noite após noite, eram as conversas e a troca de olhares apaixonados e cheios
de desejo.
– Eu não aguento mais –
Erick falou –, irei até você amanhã.
Morgana abriu um
sorriso iluminado. Não via a hora de jogar-se naqueles braços e perder-se nos
beijos de Erick.
Mas no dia seguinte,
ele não apareceu. Ela mal podia esperar anoitecer para encontrá-lo mais uma vez,
no cosmos, já que era a única forma de vê-lo e de falar com ele.
Já ia se recolher para
dormir quando ouviu um miado do lado de fora e olhou pela janela em busca do
gatinho perdido na noite. Antes que o localizasse, o gato branco de olhos
castanhos penetrantes postou-se à sua frente e então Morgana soube, ao
acariciá-lo, que a alma que habitava ali era a alma do seu amado.
Abraçou-o forte, em
prantos, e não conseguiu dormir. Erick a olhava profundamente, também não
conseguiria fazer a viagem astral naquela noite.
Eles continuaram a se
encontrar nas noites seguintes como o casal apaixonado; impossibilitados de
concretizar o seu amor. Erick passava os seus dias enroscado nos carinhos de
Morgana e ela chorava e chorava.
Certo dia, Erick não
retornara do mundo dos sonhos em sua forma felina. Em vez disso, Morgana viu
entrar pela porta de seu quarto, o homem a quem amava.
Ele a fitou com os
castanhos ardentes, arrebentando a alma dela com o olhar.
– Mas... Como?
– Eu abri mão das seis
vidas que me restavam por este momento – ele falou.
Os olhos dela marejaram.
Ele a abraçou tremendo, sentindo-a tremer também em seus braços. Era tão
intenso, tão profundo... Um beijo ardente adornou o momento e depois eles foram
para a cama, trocando carícias e olhares extremamente abrasadores.
Erick beijava o pescoço
de Morgana, mordia suas orelhas enquanto ela afagava-lhe os cabelos e gemia,
confessando, em sussurros, o quanto o queria.
Bem lentamente, eles se
livraram das roupas e Erick passeou com a língua pelos seios dela,
mordiscando-os devagar, descendo a seguir ao encontro de seu sexo quente e
molhado.
Morgana ficou
ensandecida, gemia de tesão, apertava a cabeça dele entre as coxas, mas ela não
queria gozar assim tão rápido, então, puxou-o pelos ombros, o fazendo subir e
encontrar novamente a boca na sua, com o gosto do seu prazer.
Depois de mais alguns
beijos quentes, Erick estava prestes a penetrá-la, quando fora impelido. Agora Morgana
estava por cima e ia cobrindo-o de beijos até presenteá-lo com a boca
sedenta... A cabeça balançava em movimentos ritmados naquela “dureza”
deliciosa.
Mais beijos e momentos
selvagens e carinhosos preencheram a manhã, até adormecerem.
Morgana acordou com o
gato Erick a fitá-la. Sabia que só poderia vê-lo, como homem, naquele mundo de
sonhos, mas ter a sua companhia, conversar com ele e saber que ele abrira mão
de algo tão importante para estar com ela, uma única vez, a fazia feliz.
É Johnny, quem diria? Que coisa mais... FOFA!
ResponderExcluirNada como um pouco de romantismo pra esse lugar.